Earth, Wind & Fire

            

Pessoal, precisamos animar este blog… 

Foi por isso que eu chamei os Earth, Wind & Fire!

ADORO Earth, Wind & Fire (EWF)! Considero uma banda mítica, cheia de cor, groove e muito boa música para nos dar! 

Façam esta viagem comigo, vamos até aos anos 70, ao Disco-Funk, às cores berrantes, aos Afro-Styles, às vozes carrrregadas de soul e aos ritmos contagiantes que só nos fazem querer dançar, dançar, dançar... Bora??

Let's go to Boogie Wonderland!!

Maurice White, aquele senhor que vemos no centro da fotografia, foi o responsável pela criação deste grupo que até hoje resiste e pelo qual já passaram inúmeros músicos. Maurice nasceu em Memphis (EUA) e iniciou-se na música ainda em criança, fazendo parte do coro da sua Igreja. Mais tarde, desenvolveu o seu talento como baterista e teve as suas primeiras actuações ao lado do músico Booker T. Jones (Booker T and the MGs).

 

Após concluir o liceu, Maurice mudou-se para Chicago e ingressou na “Chicago Conservatory Of Music”. Durante esse período, continuou a sua carreira como baterista profissional e assinou contrato com a editora Chess Records, participando na gravação de álbuns de artistas como Etta James, Fontella Bass ou Willie Dixon.

Em 1969, Maurice juntou-se a dois bons amigos (Wade Flemons e Don Whitehead) formando o grupo “Salty Peppers”, assinando desta vez pela editora Capitol. Contudo, este projecto apenas gerou um hit de sucesso chamado "La La Time".

Já nos anos 70, os Salty Peppers decidem mudar de localização, de editora e, também, de nome. Assim, em Los Angeles assinam contrato com a Warner Bros. sob o nome de Earth, Wind & Fire. Nome este, que sempre foi muito ansiado por Maurice. Representa os três elementos do seu mapa astrológico e traduz a forma transcendente com que Maurice sente a sua música, onde vários elementos como a composição, musicalidade, produção e performance fazem parte de um todo.

Em 1970, Maurice recruta para a banda os músicos Michael Beal (guitarra), Leslie Drayton, Chester Washington e Alex Thomas (instrumentros de sopro), Sherry Scott (voz), Phillard Williams e Verdine (seu irmão mais novo) (baixo). Surgem assim, os seus primeiros álbuns “Earth, Wind And Fire” (1971) e “The Need Of Love” (1972) bem como, o seu primeiro hit com este "I Think About Lovin' You”.

 

Contudo, a relação com a Warner Brothers não duraria uma vez que, a mesma tinha planos diferentes dos de Maurice para a banda. A editora previa os EWF como uma banda tipicamente de jazz e Maurice pretendia muito mais do que isso, ele queria fundir esse jazz com outras sonoridades como o soul e o rock, criando um som mais universal.

Em 1972 os EWF assinam contrato com a editora Columbia Records e com os seus primeiros álbuns “Last Days And Time”, “Head To The Sky” e “Open Your Eyes” nasce a verdadeira essência do grupo. Além do enriquecimento das suas músicas com novas sonoridades, apostam também em espectáculos ao vivo exuberantes, cheios de cor e animação, com uma forte caracterização dos cenários e dos membros da banda, harmoniosamente vestidos a rigor.

Em 1975 surge um dos meus álbuns preferidos - “That's The Way Of The World”, com o qual ganham o seu primeiro Grammy e que, constitui também, a banda sonora do filme gravado nesse mesmo ano, com o mesmo nome. Deste álbum destaco os singles “Shining Star” e a maravilhosa “That's The Way Of The World”.

Desde então, os EWF continuaram a lançar álbuns e a somar sucessos com singles como "Reasons", "Can't Hide Love", "Serpentine Fire" e "Fantasy”.

O seu primeiro Best Of é lançado também em 1975, do qual faz parte o tema inédito “September”. Aposto que todos vocês conhecem esta música! É um clássico! Ok, alguns poderiam não saber que pertence aos EWF, mas com certeza já dançaram ao ritmo contagiante deste som! E nem por acaso, estamos mesmo em Setembro… ;)

Também nesta colectânea encontramos “Sing a Song”, já anteriormente editada no álbum ao vivo, “Gratitude” (1975).

Por esta altura os EWF já tinham conquistado multidões, quer pela sua música, quer pelas suas live performances, com produções cada vez mais mirabolantes, transportando os que a elas assistiam a um universo cósmico, cheio de boas energias e com uma mensagem de paz e amor para dar.

No final da década de 70 lançam o álbum “I Am” (1979), nele incluído o single “Boogie Wonderland” e esta bonita balada "After The Love Has Gone”, que valeu aos EWF os Grammys por “Best R&B Song” e “Best R&B Vocal Performance by a Duo or Group”.

Nos anos que se seguiram, a carreira dos EWF acalmou, sofrendo um intervalo nos anos 80 no qual Maurice aproveitou para desempenhar a função de produtor, trabalhando com artistas como Neil Diamond e Barbra Streisand. No final da década de 80 a banda regressa aos estúdios e editam os álbuns “Touch The World” (1987) e “The Best Of Earth, Wind & Fire Vol. II” (1988). Ao longo da década de 90 e seguinte, os EWF continuaram a editar trabalhos, sendo o seu último disco lançado em 2005 - “Illumination”.

Actualmente, os EWF mantém-se activos, efectuando participações ocasionais em alguns eventos, como é o caso do “New Orleans Jazz & Heritage Festival” onde actuaram em 2009 e 2010. Contudo, Maurice já não acompanha a banda nas suas live performances, estando presente apenas como compositor e produtor.

O mesmo deixa-nos uma mensagem:

"I wanted to create a library of music that would stand the test of time. 'Cosmic Consciousness' is the key component of our work. Expanding awareness and uplifting spirits is so important in this day. People are looking for more. I hope our music can give them some encouragement and peace."

É muito vasto o horizonte de Maurice… e nós só temos que agradecer-lhe por isso… pela sua genialidade, criatividade e, acima de tudo, generosidade em querer dar-nos através da sua música, algo tão valioso hoje em dia como paz e coragem.

E posto isto, Let’s Groove????