quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Lianne La Havas




A primeira vez que ouvi esta jovem Londrina, ela passeava com a sua guitarra pelas ruas de Paris…


Vinte e dois anos, cantora, compositora, toca guitarra, toca piano e tem um sentimento na voz que há muito tempo não conhecia numa cantora soul... apresento-vos - Lianne La Havas.

Neste momento, encontro-me com o seu primeiro e recém-lançado álbum,Is your love big enough?”, ON REPEAT e estou, sinceramente, deliciada!

Filha de pai grego e mãe jamaicana, Lianne tem como influências Lauryn Hill, Jill Scott e Erykah Badu. Esta última convidou-a recentemente para fazer a abertura do seu concerto em Londres. Contudo, Badu não foi a primeira Americana a reparar na voz e no talento desta promissora cantora, Justin Vernon (vocalista da banda folk Bon Iver) também convidou Lianne para o acompanhar na sua última tournée pelos EUA, em Dezembro do ano passado.

Não se deixem enganar pelos seus 22 anos, pois o seu primeiro álbum revela uma maturidade e sensibilidade fora de série. Percebe-se que o mesmo foi concebido com dedicação, muito trabalho e, até mesmo, perfeccionismo da sua parte. 

Lianne tem doçura na voz e demonstra uma personalidade delicada, mas ao mesmo tempo inquisitiva e dinâmica. Tal refecte-se ao longo do seu álbum, no qual a cantora fala de amor, relações, experiências vividas e também, da sua relação com a música. 

Is your love big enough?” (tema-título do álbum) consiste precisamente na questão que a artista coloca-se a ela própria relativamente à sua música - Será o seu amor pela música suficientemente grande, para ultrapassar o lado negro que a fama e o sucesso podem trazer? Penso que a sua resposta é sim.

I found myself in a secondhand guitar...


É de facto, presa às cordas da sua guitarra ou às teclas de um piano (tratando-se de baladas), que ouvimos Lianne, constantemente, nas suas músicas. 

A sensação que tenho após ouvir o seu álbum não é algo do género: “Hum… este som é parecido com o de fulana tal…”; ou então: “nota-se perfeitamente as influências de cantor X”; Não. A sensação que tenho é: "este é o álbum da Lianne e retrata exactamente a sua personalidade e aquilo que ela quer transmitir com a sua música". Até o som da sua guitarra, para mim, já é característico! E é isso que, aliado evidentemente à qualidade, eu aprecio quando oiço o primeiro trabalho de um cantor - sentir que tem uma identidade própria. O seu cunho está lá, a sua doçura, a sua sensibilidade, a sua guitarra… estão lá. Para um início de carreira, está aprovadíssimo!

 

Percorrendo o seu disco, começamos de uma forma muito suave com a sua primeira música - Don't Wake Me Up- e aqui aproveito para fazer já um aviso de atenção relativamente às letras das suas músicas - são fantásticas!

Passamos pela já apresentada Is your love big enough?e chegamos à primeira balada - Lost & Found” - um dos meus temas preferidos quer pela letra, pela melodia e, principalmente, pela forma como ela consegue comover-me com esta canção.


Seguimos caminho e encontramos novamente a “No room for doubt”, desta vez interpretada num dueto fabuloso com o cantor folk americano – Willy Mason. Esta música embala-me… sempre que a oiço tenho vontade de cantá-la bem baixinho, quase como num sussurro.

De realçar também:
"Forget- a música “endiabrada” do álbum, onde Lianne mostra o seu lado mais destemido;  
"Elusive" e “Gone” - em registos mais calmos, falam-nos de amor. Primeiro temos o seu lado bom e doce, e depois o seu lado triste e sombrio. Atenção aos videoclips pois ambos estão extremamente bem conseguidos sendo que, o segundo é a sequela do primeiro. A beleza de Lianne latente nos dois.




É bela a Lianne e a sua música também.

1 comentário:

  1. gostei(n de todas as musicas, é daquelas que depende muito do estado de espìrito),vou partilhar;)

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